O sucesso dos produtos desenvolvidos está diretamente ligado
ao valor investido e retornado, logo o responsável pelo produto deve gerenciar
quais são os requisitos essenciais que devem ser desenvolvidos para cumprir a
visão do produto de forma objetiva. Conforme levantado em pesquisa realizada
pelo Standish Group, 65% das features não são utilizadas ou raramente são
utilizadas. Estes dados refletem visões de produto nebulosas, onde o time não
sabia o que desenvolver e o responsável pelo projeto não soube extrair de forma
satisfatória a real necessidade do mercado ou cliente.
No que tange estes pontos, criar um produto mínimo nos dá
uma série de vantagens, conforme observado por Smith e Reinertsen (1997), e
Denne e Cleland-Huang (2004). O produto é lançado mais rapidamente, e o tempo
para o mercado é reduzido; a funcionalidade é lançada de maneira mais oportuna.
O produto é desenvolvido a um custo mais baixo e gera maior retorno do
investimento. Os pagamentos são recebidos mais cedo, melhorando o fluxo de caixa,
bem como acelerando o aprendizado.
Se pegarmos o exemplo do Iphone lançado em 2007, a
experiência proporcionada por este telefone aos seus usuários fez com que seus
concorrentes se envergonhassem. Após o lançamento foi marcada uma nova era de
smartphones. Um dos segredos por trás deste sucesso é o conjunto estreito de
necessidades do cliente que a Apple selecionou. Ao invés de tentar agradar a
muitas pessoas ao mesmo tempo copiando todos os recursos que os concorrentes
ofereciam, a Apple assumiu uma visão nova de como os smartphones deveriam se
parecer e, funcionar e, deliberadamente, omitiu algumas funcionalidades. A
primeira versão do Iphone lançada ao mercado, não tinha os recursos de copiar e
colar, nem mesmo a possibilidade de enviar uma mensagem de texto para vários
destinatários, por exemplo. Estas limitações, no entanto não impediram seu
sucesso.
Reduzir o escopo de funcionalidades permitiu a Apple
desenvolvesse e entregasse um produto dentro de um espaço de tempo competitivo
e deu-lhe uma liderança significativa em relação à concorrência.
Sair com um produto mínimo também reduz riscos. Menos
dinheiro é perdido caso o produto fique abaixo do esperado, logo é possível
colocar na estratégia margem para fracassos.
Reduzindo o tempo para o mercado, podemos escutá-lo e a ele
responder com mais frequência, ao invés de tentar antecipá-lo.
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