sexta-feira, 20 de abril de 2012

O PRODUTO MÍNIMO COMERCIALIZÁVEL x ROI





O sucesso dos produtos desenvolvidos está diretamente ligado ao valor investido e retornado, logo o responsável pelo produto deve gerenciar quais são os requisitos essenciais que devem ser desenvolvidos para cumprir a visão do produto de forma objetiva. Conforme levantado em pesquisa realizada pelo Standish Group, 65% das features não são utilizadas ou raramente são utilizadas. Estes dados refletem visões de produto nebulosas, onde o time não sabia o que desenvolver e o responsável pelo projeto não soube extrair de forma satisfatória a real necessidade do mercado ou cliente.

No que tange estes pontos, criar um produto mínimo nos dá uma série de vantagens, conforme observado por Smith e Reinertsen (1997), e Denne e Cleland-Huang (2004). O produto é lançado mais rapidamente, e o tempo para o mercado é reduzido; a funcionalidade é lançada de maneira mais oportuna. O produto é desenvolvido a um custo mais baixo e gera maior retorno do investimento. Os pagamentos são recebidos mais cedo, melhorando o fluxo de caixa, bem como acelerando o aprendizado.


Se pegarmos o exemplo do Iphone lançado em 2007, a experiência proporcionada por este telefone aos seus usuários fez com que seus concorrentes se envergonhassem. Após o lançamento foi marcada uma nova era de smartphones. Um dos segredos por trás deste sucesso é o conjunto estreito de necessidades do cliente que a Apple selecionou. Ao invés de tentar agradar a muitas pessoas ao mesmo tempo copiando todos os recursos que os concorrentes ofereciam, a Apple assumiu uma visão nova de como os smartphones deveriam se parecer e, funcionar e, deliberadamente, omitiu algumas funcionalidades. A primeira versão do Iphone lançada ao mercado, não tinha os recursos de copiar e colar, nem mesmo a possibilidade de enviar uma mensagem de texto para vários destinatários, por exemplo. Estas limitações, no entanto não impediram seu sucesso. 
Reduzir o escopo de funcionalidades permitiu a Apple desenvolvesse e entregasse um produto dentro de um espaço de tempo competitivo e deu-lhe uma liderança significativa em relação à concorrência.

Sair com um produto mínimo também reduz riscos. Menos dinheiro é perdido caso o produto fique abaixo do esperado, logo é possível colocar na estratégia margem para fracassos.

Reduzindo o tempo para o mercado, podemos escutá-lo e a ele responder com mais frequência, ao invés de tentar antecipá-lo.

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